sexta-feira, 25 de março de 2011

Sem Tempo


             Essa postagem é exatamente um pedido de desculpa a todos por minha desatenção com o meu blog, com os blogs de meus amigos e com o desafio. Mas tenho uma boa justificativa para esse ato falho.
            Semana de prova na faculdade.
            Hum! Acho que não preciso dizer mais nada não é?
           Só para resumir, tenho três fichamentos, um seminário e três apresentações para fazer fora as provas...






            Então não estranhem se até o final de abril eu andar meio sumida. Sou totalmente inoscente dessa culpa!
           Quando voltar prometo fazer as correções no último conto publicado(John) e acompanhar os de minhas parceiras nessa maratona. É com tristeza que vou abrir mão desse espaço ainda que seja por pouco tempo, mas é por uma boa causa, ou melhor, ótima causa.
          Entre nós vou confessar algo, o que eu realmente queria era estar fazendo isso...



                                                                       E ISSO...




           Mas fazer o quê não é? Vou estudar que é muito bom também...



               E quanto ao meu próximo tema: Fim de Tarde, vou ficar devendo por enquanto, mas prometo que um momento sai, não vejo a hora de começar a trabalhar nele...
               Bom é isso, até a minha volta!


quarta-feira, 23 de março de 2011

John ( Parte Final)

            
John ficou trancado no escritório até o anoitecer. Mary-ann e Lionel o aguardaram pacientemente.
- Você viu como Mr. Jones ficou apavorado hoje cedo. – Lionel ria enquanto relembrava. – Pobrezinho, deve achar que somos um bando de loucos.
- Ou coisa pior não é? Já pensou como devem nos ver os de fora? Temos hábitos incomuns, moramos em casas sombrias, economizamos a luz do dia, encerramos as janelas com cortinas pesadas, só eu me alimento, só eu durmo e só eu tenho uma coloração comum na pele. Sem falar nos estoques de sangue para transfusões diária nos doentes.
- Já havia me esquecido que pensamos e vivemos diferentes de todos os outros.
Enquanto conversavam alguém bateu na porta do quarto. Quando interrogaram de quem se tratava, John respondeu do outro lado. Mary abriu a porta aflita.
- Papai, o que aconteceu? Estamos esperando-o desde cedo.
- Não se preocupe, foi só um dissabor, estou melhor agora. Vim avisar que vamos partir ainda hoje, arrumem suas coisas.
- Então o senhor vem conosco?
- Sim, não tenho mais nada a fazer aqui. Lionel tem razão, essa não é mais a nossa Londres. – Mary percebeu muita tristeza na voz dele.
- E o que o fez tomar essa decisão? O que foi que Mr. Chapman lhe disse para que decidisse isso?
- Ele disse que não há mais o que fazer, não existe mais nenhum descendente nosso vivo. Todos se foram, a última delas faleceu ontem à noite. Morreu muito jovem devido à miséria em que vivia. Aparentemente não deixou nenhum herdeiro.
- Oh! Sinto muito!
- Em apenas dez anos, destruíram toda a herança que lhes deixei, não deram valor ao meu esforço, a minha luta. Como foram parar naquele beco imundo? Eu não entendo. Como foram empobrecer dessa maneira?
- Gastar dinheiro é muito fácil vovô, principalmente o que se ganha sem nenhum esforço, de mão beijada. Não deve se culpar, o senhor fez o que pôde.
- Tudo bem. Vamos esquecer essa história de uma vez e vamos embora.
Quando terminou de falar, o bebê grunhiu na cama envolto nas cobertas. Todos o olharam.
- E o que faremos com ele papai?
- Eu havia me esquecido completamente. Acho que podemos abandoná-lo em algum convento na passagem...
- Isso não. Eu não vou permitir. Prometi a mãe dele que o protegeria, não posso simplesmente jogá-lo em qualquer beco. E não vou deixar que o senhor faça isso.
- Como assim prometeu a mãe dele? Você a conhecia então?
- Sim. E ela me fez prometer que não o deixaria desamparado quando ela partisse. Ele era a única razão dela ter resistido tanto à doença. Mas infelizmente acabou morrendo a noite passada e eu me encarreguei dele desde então.
- Mas como você a conhecia Lionel? Estamos aqui há tão pouco tempo. Como pode ser isso?
- Faz alguns dias eu estava andando pela cidade à noite, então ela me chamou a atenção, estava passando mal e eu fui ajudá-la. Quando me viu, achou que eu era um anjo da morte e havia ido buscá-la, me implorou que não a levasse, pois tinha um filho para criar e precisava viver por ele. Disse-me que não tinha mais ninguém no mundo, era viúva e só.
Por mais que eu tentasse explicar que só queria ajudá-la, não me ouvia, estava delirando. Em meio aos delírios fugiu de mim e eu a segui até em casa. Entrei pela janela e cuidei dela a noite toda, estava queimando de febre. Cuidei dele também, quando adormeceram, parti com o dia clareando. Voltei lá todas as noites desde então. Em um momento de lucidez, ela me fez prometer que cuidaria de seu filho quando se fosse, que não o deixaria desamparado. Fiz o que pude, mas ela não resistiu. Então o trouxe para cá para cumprir a promessa que lhe havia feito.
- Ai Lionel, o que faremos agora?
- Eu já disse, cuidaremos dele. Devo isso a Jane... – Não devia ter dito, mas já era tarde.
John o olhou surpreso.
- Que Jane, Lionel?
- Não era Jane, eu me confundi, nem sei o nome dela na verdade.
- Você está me escondendo algo e eu quero saber o que é!
- Não estou escondendo nada John!
- Desculpe-me, estou sendo injusto com você. Sei que não fez nada de errado, tenho plena confiança em seus atos. Desculpe-me de verdade.
Lionel baixou a cabeça em silêncio. John percebeu que o magoara mais uma vez.
- Não fique assim Lionel, diz alguma coisa, me xingue, me bata... Mas não me odeie.  
- Eu nunca o odiei, não sou esse monstro que pensas, não sou um imaturo e inconsequente como dizes. Apesar de tudo tenho sentimentos e tenho orgulho próprio.
- Sei disso, sei muito mais que você imagina. Sei que você me salvou, também salvou a Mary dez anos atrás, e sei que sem você eu não teria chegado aonde cheguei. Se sou o que sou, só devo isso a você Lionel. Mais uma vez lhe peço perdão.
Lionel estendeu a mão em consentimento para selar a paz entre ambos. John o puxou e enlaçou em um abraço. Depois fez cafuné desalinhando a cabeleira cor de mel do neto enquanto ele tentava se desvencilhar.
- Eu queria que o senhor soubesse que lhe entendo. – Falou ajeitando os cabelos e se recompondo do abraço de urso. – Eu sei o quanto era importante para o senhor resgatar o passado. Também sinto falta de meus irmãos, meu pai e minha mãe. Mas sempre achei que seria inútil procurar por alguém que não voltaria mais. Achava que era loucura sua.
- E era, você sempre esteve correto, eu fui um louco.
- Não foi não vovô. Eu também conheci uma moça idêntica a Jane. Por um momento achei que era minha mãe que havia voltado para nós. Mas era só uma coincidência...
- Onde? Como você conheceu essa moça?
- Aqui em Londres mesmo e como já lhes contei. Era ela a jovem que me pediu ajuda, e eis o por que de eu ter feito o que fiz por ela. Foi como se tivesse tido a oportunidade de ter Jane perto de mim mais uma vez. Era como se estivesse diante de mamãe, como quando tudo era real e palpável. Quando morávamos no campo, trabalhávamos na terra, riamos de tudo, cantávamos e tínhamos amigos. Tudo nela lembrava mamãe, a voz, o sorriso, a face...
- Então era ela esse tempo todo, era a pessoa que busquei todos esses dias. E este bebê era seu descendente! Meu descendente...
John ficou emudecido, todo tempo tivera em suas mãos o que procurava.
Ainda havia esperança, ainda havia alguém por quem lutar, ainda havia um motivo para a vida continuar fazendo sentido.
John pegou a pequena criatura lamurienta da cama e ficou fitando seus traços tentando se reconhecer ali, e de repente tudo passou a fazer sentido, não importava quanto tempo se passasse, quantos desencontros ocorressem, um dia Jane e Matt voltariam para ele, só precisaria esperar e não perder a esperança.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Selo Stylish Blogger Award





Ganhei mais esse selo (Uhu!) do blog a Fantasista e venho muito lisonjeada prestar meus agradecimentos.
Segundo ela devo seguir algumas regras que são:

- Ao receber o selo deve-se repassar para quinze outros blogs. ( Regra que infelizmente vou pular, pois não saberia para quem repassar, já que todos que eu conheço e admiro, já o receberam.)
- Indicar sua postagem para esclarecimentos. ( Como esta, colocando as regras.)
- Comunicar aos 15 escolhidos com um comentário em seus blogs
- E incluir no seu post 7 coisas sobre você.

Bom agora devo falar sete coisas sobre mim.

1- Nasci na capital de ..., aos dois meses de idade me mudei com minha família para uma cidadezinha no interior sul do estado, quase fronteira com a Bahia onde cresci em meio a natureza e os animais nascendo daí minha paixão por eles.
2- Adotei um filhote de bicho preguiça aos cinco anos que ficou orfão por causa da maldade dos "homens" e nem me importei com as críticas das pessoas que me achavam esquisita. Ele não foi meu brinquedo e sim um fiel companheiro. *-*
3- Amo a leitura desde antes de saber o que era isso, mesmo sem saber ler fazia minha irmã ler quinhentas vezes o mesmo texto só por que me faziam sonhar e desejar ler eu mesma aquelas maravilhas todas. Sei concientemente que devo esse amor também ao meu paizinho querido que me influenciou muito.
4- Aos nove anos me mudei com minha família para a famosa cidade dos anões ( cabe a vocês descobrirem que cidade é essa, rsrs) onde descobri que o mundo era bem mais que as quatro paredes as quais estava acostumada e onde minha afinidade com os animais só aumentaram.
5- Aos doze nos mudamos novamente para a capital onde nasci, quando tive a oportunidade de ler pela primeira vez um livro de verdade e depois disso me viciei completamente. Agradeço a minha professora de geografia da sexta série que alimentou e saciou minha fome de livros.
6- Hoje faço faculdade e escrevo casualmente, tenho um conto publicado na antologia Beijos e Sangue e participo do desafio literário em parceria com os blogs a Fantasista e Brisa Noturna.
7- Cultivo um sonho que é adquirir um golden retrivier para ser meu companheiro na vida, ainda não o fiz por que tenho plena conciência que um animal assim como uma criança precisa de atenções, cuidados, amor e dedicação, coisas que não posso doar no momento por vários fatores e um deles é o tempo curto.

Obrigada Celly pelo selo e pela oportunidade. Bjs.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Agradecimento



         Já faz alguns dias que ganhei esse selo e estou devendo um agradecimento a Celly Monteiro e seu blog a fantasista, peço desculpas pela demora, mas é que entre hospital e carnaval não me sobrou muito tempo, mas aqui vai meu mais sincero obrigada.
Sei que meu Vozes ao Vento não é merecedor desse selo tão significativo se comparado aos outros nove blogs fantasticos com os quais dividi a lembrança, mas confesso que fiquei imensamente grata, tanto pela lembrança como pela consideração que me devota.
sei que cem por cento do que ele se tornou devo somente a você Celly, pois o Vozes ao Vento não teria chegado a lugar algum sem seu incentivo e apoio, assim como eu não teria chegado a lugar algum se não fosse você. Muito do que sou e do que me tornei devo a você, sei que não compartilhamos as mesmas ideias, não falamos a mesma lingua no dia a dia, mas tudo muda quando passamos a habitar o mesmo planeta, aquele que chamamos de literatura, nesse sim somos uma só pessoa, respiramos o mesmo ar, compartilhamos os mesmos pensamentos e falamos a mesma linguagem sem rodeios ou mal entendimentos.
Muito obrigada mana, por tudo!